A VOZ
Trespassa a ponte da fala apressada
Dessa voz que diz: - alcança o abismo invisÃvel
Sem pés, sem o abandono das tempestades,
Sem águas. A rua perdeu-se da cidade,
Da aldeia, do sem nome baldio da natureza.
Agora aqui, ser vazia! Nua, só olhos,
Só pés, só peixe. Dessa voz, apressa-se a liberdade!
- Atira-te à água branca clara e de sal.
Agora leve, a voz já não será precisa,
Porque a voz flui entre os rochedos
À procura das areias.
Para quê que preciso dela se me tenho por inteira?
Alexandra Prata
Ao perto, o infinito é azul...
2014